segunda-feira, 30 de julho de 2012

RESTAURANTE - Azteca de Oro - Fortaleza

Em meados de abril de 2012, eu e meu nego fomos ao Azteca de Oro, usufruindo de uma promoção de um site de compras coletivas! O desconto era em relação a uma porção generosa de Chilli Beans mais 2 deliciosos Burritos. O valor normal seria de R$43,30, mas pagamos R$21,00! (Amo promoções!).


(As duas imagens a seguir são apenas ilustrativas, mas são quase fidedignas às que comemos)










A comida é muito gostosa e o ambiente é muito aconchegante, com uma deliciosa música tipica mexicana ao fundo!







Além do que estava incluso na promoção, pedimos geladíssimas Heinekens geladas e uma limonada suíça, muito boa por sinal.
Embora não tenhamos experimentado, observei também, em uma mesa próxima, aparentemente deliciosos e generosos tacos (sou dessas que se apaixonam pela aparência da comida).

(Imagem ilustrativa, mas muito próxima do que vi)


Então a dica fica firmada para todos aqueles que podem pagar um precinho mais salgado, querendo aproveitar uma saborosa comida mexicana!


Endereço: Azteca de Oro: Varjota, R. Professor Dias da Rocha, 247, Fortaleza, CE 60170310
Telefone: (85) 3242-0156


Um queijo e até mais!

domingo, 29 de julho de 2012

Futbar



Pensou em ver futebol com os amigos, saboreando petiscos e bebendo aquela cervejinha gelada? Pois é, o lugar ideal para isso é no Futbar. Como o próprio nome sugere, o Futbar é um bar temático, onde tudo nele remete ao futebol. Tudo mesmo, desde o nome dos pratos ao uniforme dos garçons!

O Futbar conta com dois ambientes, um mais externo e outro interno. Os dois contam com decoração futebolística, estampando em suas paredes quadros com as figuras de grandes jogadores. É no ambiente interno, porém, onde a decoração é mais rica; lá é possível encontrar um mostruário de diversas camisas autografadas de vários times, caricaturas de jogadores, vários modelos de bolas e e uma pequena exposição do maior artilheiro de todas as Copas, Ronaldo Fenômeno.














O cardápio conta com muitas opções de petiscos, como pastéis e espetinhos, além de pratos e sanduíches. Experimentamos o Escondidinho da Grande Área de Carne do Sol (R$ 9,90), que mesmo com uma porção não tão generosa, foi aprovado; e o Frango do Goleiro (R$ 17,90), que consiste numa porção de Frango à Passarinha com batata frita.


Além da tradicional cerveja, o bar oferece outras bebidas como Caipifruta, Tequila, Vodka, Whisky e Vinhos. Experimentamos a Caipirinha de Limão (R$ 4,90) e a dose da Tequila José Cuervo ouro (R$ 7,50).






No dia em que fomos ao Futbar, estava sendo transmitido o jogo de Vasco x Santos.  A Manoela, como ilustre torcedora do gigante da colina, pôde acompanhar a vitória vascaína no ambiente agradável que o Futbar proporcional.


Endereço: Rua Lourival Correia Pinto, 147, Água Fria, Fortaleza.


sexta-feira, 27 de julho de 2012

RESTAURANTE - Dom Kilmer - Dom Manuel

Desde que comecei a ir a Fortaleza, costumo ficar hospedada próximo à Dom Manuel e, em pelo menos um dos dias dos períodos que passo por lá, passo com meu nego no Restaurante e Pousada Dom Kilmer, que fica na Av. Dom Manuel, 542, Fortaleza - CE, Centro!

Ambiente super familiar, atendimento muito bom, comidas, petiscos e lanches super rápidos e gostosos!

Já experimentamos muitas opções do cardápio. Desde pedaços de pizzas (todos os sabores experimentados foram muito bons), porções, petiscos, até os pratos da casa e o self-service (que funciona na hora do almoço). Isso sem mencionar aquela sagrada cervejinha, sempre com preços muito acessíveis!

Nunca dispensamos as sobremesas, que contam com deliciosos mousses (maracujá, limão e outros), doce de leite, maravilhoso pudim e outras gostosuras.

Na nossa última visita, saboreamos uma porção de camarão e um queijo coalho na brasa, acompanhados de uma geladíssima cerveja (que sempre parece mais gostosa em um bom e velho copo americano, né?).





Simples e saboroso! Rápido e viciante!
Quem visitar, vai querer voltar!

Um queijo e até mais!

Endereço: Av. Dom Manuel, 542, Centro, Fortaleza

CAFÉS - Café Innamorato - Parkshopping

Hoje fui a um café muito aconchegante, embora esteja localizado dentro de um shopping, o que geralmente não me apetece. O Café Innamorato fica no Parkshopping, Brasília - DF e trata-se de um quiosque, M-25, embaixo de uma escada rolante no térreo.

Oferece opções variadas de bebidas quentes, doces e salgados. O café batizado com o nome da casa leva chocolate cremoso, uísque e chantili (R$ 6,00). Entre os mais pedidos, o mulatinho mistura expresso, chantili e Nutella (R$ 5,50). Para comer, pão de queijo (R$ 2,50), costela de adão: massa folhada, queijo, presunto e frango, com um toque de ervas finas (R$ 3,00). A fatia da torta de coco sai por R$ 7,50. Além das opções de tortas de limão, casadinho, alemã e outros.

Na ocasião, experimentei o café innamorato, que parece bastante com o conhecido Irish coffe, e uma deliciosa torta de limão!



Meu amigo experimentou o mesmo café junto com uma torta casadinha, muito boa por sinal.



Embora o cardápio não tenha muitas opções, o lugar é ótimo para quem quer dar uma volta e sentar para conversar, comendo boas tortas e tomando deliciosos cafés.

Um queijo e até mais!

Endereço: Park Shopping, SAI/SO 6580, 6580, Brasília.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Saberes et sabores



Era uma vez enamorados separados por alguns quilômetros. Tiveram então uma ideia de aproximarem-se um pouco mais através do compartilhamento de suas experiências preferidas: os saberes e os sabores!

Joel e Manoela gostam muito, mas muito mesmo de comer. É um de seus principais programas e também nesta arte são parceiros. Enquanto saboreiam apetitosos pratos, costumam conversar sobre tudo que é assunto... filmes, livros, músicas, cinema, teatro, vida acadêmica, televisão, escola, religião, jogos, futebol, viagens, lugares, idiomas... a lista é imensa. As conversas são leves, soltas, livres, sem o rigor científico-especialista. São as suas impressões sobre esses e outros temas, o que pensam e repensam deles. E assim resolveram registrar um pouco disto neste blog, seguindo a mesma leveza com que conduzem seus diálogos. Com saberes e sabores, a vida ganha um gosto e significado.

Ela, professora de Matemática, mora no DF. Ele é estudante de Pedagogia e mora no CE. Além do DF e CE, claro, já estiveram juntos no RN, em SP e GO, e conheceram algumas iguarias culturais que gostariam de registrar e dividir.

Assim, a proposta deste blog é falar sobre temas que tragam saberes e sabores. Sim, saberes e sabores! A palavra "saber" vem do latim Sapor, que quer dizer "sabor" e se relaciona com o verbo Sapere, que tanto pode significar “ter gosto”, “ser saboroso” como “conhecer”, “compreender”, “ter inteligência”.

Venha, então, saborear com a gente!

Obs: A toalha que forra a capa desse blog é uma linda pintura de mesa em uma simpática e agradável lanchonete em Pirenópolis - GO, que possui empadas inesquecíveis! Mas essa história será melhor contada em breve...

Para iniciar nossa viagem e trazer um porquê de nossa vontade de conversar com vocês, ninguém melhor para falar de sabor e saber que Rubem Alves!



O SABOR DO SABER: A ARTE DE PRODUZIR FOME
Rubem Alves

Adélia Prado me ensina pedagogia. Diz ela: "Não quero faca nem queijo; quero é fome". O comer não começa com o queijo. O comer começa na fome de comer queijo. Se não tenho fome é inútil ter queijo. Mas se tenho fome de queijo e não tenho queijo, eu dou um jeito de arranjar um queijo...

Sugeri, faz muitos anos, que, para se entrar numa escola, alunos e professores deveriam passar por uma cozinha. Os cozinheiros bem que podem dar lições aos professores. Foi na cozinha que a Babette e a Tita realizaram suas feitiçarias... Se vocês, por acaso, ainda não as conhecem, tratem de conhecê-las: a Babette, no filme "A Festa de Babette", e a Tita, em "Como Água para Chocolate". Babette e Tita, feiticeiras, sabiam que os banquetes não começam com a comida que se serve. Eles se iniciam com a fome. A verdadeira cozinheira é aquela que sabe a arte de produzir fome ... 

Quando vivi nos Estados Unidos, minha família e eu visitávamos, vez por outra, uma parenta distante, nascida na Alemanha. Seus hábitos germânicos eram rígidos e implacáveis.

Não admitia que uma criança se recusasse a comer a comida que era servida. Meus dois filhos, meninos, movidos pelo medo, comiam em silêncio. Mas eu me lembro de uma vez em que, voltando para casa, foi preciso parar o carro para que vomitassem. Sem fome, o corpo se recusa a comer. Forçado, ele vomita.

Toda experiência de aprendizagem se inicia com uma experiência afetiva. É a fome que põe em funcionamento o aparelho pensador. Fome é afeto. O pensamento nasce do afeto, nasce da fome. Não confundir afeto com beijinhos e carinhos. Afeto, do latim "affetare", quer dizer "ir atrás". É o movimento da alma na busca do objeto de sua fome. É o Eros platônico, a fome que faz a alma voar em busca do fruto sonhado.

Eu era menino. Ao lado da pequena casa onde morava, havia uma casa com um pomar enorme que eu devorava com os olhos, olhando sobre o muro. Pois aconteceu que uma árvore cujos galhos chegavam a dois metros do muro se cobriu de frutinhas que eu não conhecia.

Eram pequenas, redondas, vermelhas, brilhantes. A simples visão daquelas frutinhas vermelhas provocou o meu desejo. Eu queria comê-las.

E foi então que, provocada pelo meu desejo, minha máquina de pensar se pôs a funcionar. Anote isso: o pensamento é a ponte que o corpo constrói a fim de chegar ao objeto do seu desejo.

Se eu não tivesse visto e desejado as ditas frutinhas, minha máquina de pensar teria permanecido parada. Imagine se a vizinha, ao ver os meus olhos desejantes sobre o muro, com dó de mim, tivesse me dado um punhado das ditas frutinhas, as pitangas. Nesse caso, também minha máquina de pensar não teria funcionado. Meu desejo teria se realizado por meio de um atalho, sem que eu tivesse tido necessidade de pensar. Anote isso também: se o desejo for satisfeito, a máquina de pensar não pensa. Assim, realizando-se o desejo, o pensamento não acontece. A maneira mais fácil de abortar o pensamento é realizando o desejo. Esse é o pecado de muitos pais e professores que ensinam as respostas antes que tivesse havido perguntas.

Provocada pelo meu desejo, minha máquina de pensar me fez uma primeira sugestão, criminosa. "Pule o muro à noite e roube as pitangas." Furto, fruto, tão próximos... Sim, de fato era uma solução racional. O furto me levaria ao fruto desejado. Mas havia um senão: o medo. E se eu fosse pilhado no momento do meu furto? Assim, rejeitei o pensamento criminoso, pelo seu perigo.

Mas o desejo continuou e minha máquina de pensar tratou de encontrar outra solução: "Construa uma maquineta de roubar pitangas". McLuhan nos ensinou que todos os meios técnicos são extensões do corpo. Bicicletas são extensões das pernas, óculos são extensões dos olhos, facas são extensões das unhas.

Uma maquineta de roubar pitangas teria de ser uma extensão do braço. Um braço comprido, com cerca de dois metros. Peguei um pedaço de bambu. Mas um braço comprido de bambu, sem uma mão, seria inútil: as pitangas cairiam.

Achei uma lata de massa de tomates vazia. Amarrei-a com um arame na ponta do bambu. E lhe fiz um dente, que funcionasse como um dedo que segura a fruta. Feita a minha máquina, apanhei todas as pitangas que quis e satisfiz meu desejo. Anote isso também: conhecimentos são extensões do corpo para a realização do desejo.

Imagine agora se eu, mudando-me para um apartamento no Rio de Janeiro, tivesse a idéia de ensinar ao menino meu vizinho a arte de fabricar maquinetas de roubar pitangas. Ele me olharia com desinteresse e pensaria que eu estava louco. No prédio, não havia pitangas para serem roubadas. A cabeça não pensa aquilo que o coração não pede. E anote isso também: conhecimentos que não são nascidos do desejo são como uma maravilhosa cozinha na casa de um homem que sofre de anorexia. Homem sem fome: o fogão nunca será aceso. O banquete nunca será servido.

Dizia Miguel de Unamuno: "Saber por saber: isso é inumano...". A tarefa do professor é a mesma da cozinheira: antes de dar faca e queijo ao aluno, provocar a fome... Se ele tiver fome, mesmo que não haja queijo, ele acabará por fazer uma maquineta de roubá-los. Toda tese acadêmica deveria ser isso: uma maquineta de roubar o objeto que se deseja...

Fonte: Folha de S.Paulo (suplemento Sinapse).